Escumadeira

Um espaço para desvendar mistérios de cozinha, trocar impressões de gastronomia leiga e falar sobre lugares legais para comer.

domingo, 27 de agosto de 2017

terça-feira, 11 de setembro de 2007

De volta e St Louis !!!


Depois de um longo hiato por conta de questões diversas...
E tantos lugares pra falar mas depois de pensar e respensar resolvi falar de um ali do ladinho do trabalho. Sem corporativismos, mas é que o lugar realmente vale a visita !

Tanto vale que já me tornei conhecida de levar amigos pra conhecer e de vira e mexe promover "almoços" com o pessoal do trabalho. Lugar bom pra comer um sanduíche gostoso, bem servido e com tempero incomum, fora do esquema alface, queijo e muita carne.


Pico de galo, o vinagrete picante ou um bom chutney de cebola "casam" perfeitamente com a delícia da casa e carro-chefe: a berry lemonade, uma deliciosa limonada de limão siciliano, amoras e açúcar (ou adoçante para os diet).


A trilha sonora é um show à parte passando de Norah Jones, New Radicals por bandinhas indie e a decoração imitando um estabelecimento do Sul dos EUA completam os atributos para fazer de lá um bom lugar para uma visita.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Se você gosta de crepes + veggie food, confira !!!

Uma escola de Yoga na Alameda Campinas entre a Lorena e a Rua Guarará ao lado do Sushimar. Duas mesinhas fora e quatro pequenas dentro. Cardápio simples e um rapaz atendendo e uma mocinha cozinhando. Algo insosso ??? Não, não !!!

Entre a música zen e praticantes de yoga, esconde-se um delicioso restaurante com crepes de recheios vegês como queijo, palmito, mussarela de búfala, rúcula e tomate seco. Na hora do almoço o combo saladinha, refri + crepe por apenas R$ 12,50. Além disso há sempre um delicioso prato do dia como estrogonofe vegê (óootemo) e a grande vedete da minha área lá na Telefônica, o aguardado prato de quarta-feira: risotto de funghi secci, brócole ao alho e óleo com purê de mandioquinha. Prato lindo e divinamente gostoso. Se você for viciado em "green tea" como eu ainda pode trocar seu refri pelo delicioso líquido light.

Achava que isso era bom? Pois não se esqueça de completar com o delicioso crepe de Nutella puro (meu favorito) ou acrescentar uma fruta para dar uma balanceada (banana ou morango). Dica: mesmo que você seja bom de garfo divida sua sobremesa porque o crepe doce é pesado para aguentar sozinho(a). Palavra de quem já quase morreu tentando comer... E não fui só eu não... rs

domingo, 5 de agosto de 2007

Tardou, mas compensou...

Todas as pessoas que gostam de coisas de casa diferentes, antigüidades e afins conhecem ou já ouviram falar da feirinha da Benedito Calixto em São Paulo. O que muitas pessoas ouviram falar ou os que já estiveram por lá presenciaram é da muvuca na frente de um restaurante de entrada simples, chamado de "Consulado Mineiro".

Confesso que morria de vontade de ir, mas normalmente desanimava ora com a muvuca, ora com a dificuldade até de me aproximar da menina que atende para pedir uma reserva de mesa. Eu fraquejava mesmo...

Eis que fui à Benedito Calixto com uma pessoa mais paciente que eu que me convenceu a "segurar a fome na base de muitas cervejinhas" e esperar por um lugar no famigerado restaurante.

De começo pareceu razoável apesar da promessa de mesa em por volta de "uma a duas horas após pedirmos um lugar" mas todos diziam que ia compensar... E passou 1 hora, passou 2h e já estávamos cansados da cervejinha quando ouvimos o "chamado" para nossa mesa. Correria e tentativa de se desvencilhar da multidão para chegar à mesa e ouvimos um "sinto muito, você demorou passamos a vez"... Desespero e uma promessa: vamos colocá-las na próxima !

E a próxima demorou a chegar... Mais meia hora, duas Originais depois, idéias de "desistir agora", mas finalmente recebemos o "chamado". Ao entrar no local, me lembrei dos restaurantes típicos de Ouro Preto, Tiradentes com aquele visual simples, uma coisa meio "matuto chic"... O serviço extremamente eficiente, afinal eles estão cientes do nível de fome daqueles que aguardam muitas horas para entrar.

Ciceroneada pelas amigas já conhecedoras a opção escolhida em uníssono pelas conhecedoras foi um "Zona da Mata". E eu me perguntando se não seria pouco para quatro donzelas já desmaiadas de fome, mas me garantiam que não. Eis que quando chega o prato confirma-se: tem comida para se fartar nas simpáticas cumbucas de barro.

Tempero caprichado, pimentinha forte, me senti em MG nos melhores restaurantes roots de lá. Admito que meu mal-humor da espera se dissipou à medida em que eu experimentava mais e mais o tutu caprichadinho e a carne seca temperada. Fica aqui somente a sugestão de um "aumento" na porção de couve que foi disputadíssima pelos presentes à mesa.

Para encerrar com chave de ouro íamos de uma das váaarias cachaças do local, mas depois de tanta cervejinha "da espera" resolvemos trocar pela sobremesa. Dificuldade de decidir entre vários doces de vó: ambrosia, doce de leite, compotas, arroz doce, doce de abóbora, este último minha opção. De-li-ci-o-so !!!

Pecado final do atendimento: os 15 minutos de espera de um café que não chegava nunca. A parte boa da brincadeira. Comer bem e beber legal por até R$ 20,00. Isso mesmo, os pratos que à priori parece "caros" alimentam bem de 3 a 4 pessoas tranquilo o que torna o restaurante uma boa pedida e lhe dá o "perdão" da enorme fila de espera de da muvuca na sua entrada.

Fica aqui uma dúvida que caso alguém possa me responder eu ficaria agradecida: existe um outro Consulado Mineiro em Pinheiros ali perto do da praça, não me recordo se é na Simão Alvares, na Cônego Eugênio, alguma rua ali dos arredores e, dizem as boas almas, é tão bom quanto e beeem menos muvucado. Alguém já foi e pode me corroborar essa teoria ???

domingo, 29 de julho de 2007

Delícia do sul de minas...

Com certeza praticamente ninguém conhece e pequena e bucólica cidade de Pouso Alto, no sul de Minas Gerais. Por mais que eu e meu grupo de faculdade tenhamos tornado a cidade um pouco mais conhecida com nosso famoso trabalho de conclusão de curso premiado aqui e no Mercosul, fica difícil para qualquer leitor imaginar a cidade tão bem quanto uma pessoa que já esteve por lá... Imagine aquelas cidades cujo centro resume-se a uma praça, prefeitura e igreja. Pois bem, metade de Pouso você já imaginou. Pense na tranqüilidade das casinhas de portão baixo e destravado do interior e você já vislumbrou um pouco mais. O que digo é que se você quer passar um fim de semana traqüilo em slow motion, Pouso Alto é uma ótima pedida, se você gosta de baladas de interior tipo festas rurais e carnavais fora de época, não perca o calendário da cidade que também reserva boas surpresas para você também!

Agora você me pergunta "ok, mas o que a cidade tem que te motivou a fazer um post aqui nesse blog?" e eu respondo: além de fazer parte do circuito das águas (entre as cidades de Caxambu, São Lourenço, Passa Quatro, famosas por suas fontes com líquidos aquosos de gosto duvidoso), a região também abriga uma produção agropecuária invejável que faz de lá a verdadeira "terra do leite e derivados". Dessa forma, se você adora queijo e todos seus subprodutos, seja bem-vindo, prepare seu bolso e estômago e vá fundo nas delícias!

Fica aqui minha recomendação - para aqueles que gostam, obviamente - do gorgonzola da marca "Boa Nata". Vendido em pedaços pequenos (média 200g), o queijo não faz nada feio com os seus primos importados dos países de origem dessa delícia de gosto forte e sabor pronunciado. Verdinho, verdinho, ele equilibra o sabor natural do queijo e o aroma e gosto característicos dos pequenos fungos verdes.

Essa marca tem ótimos produtos, mas para quem mora em São Paulo é praticamente impossível cruzar com produtos dessa marca por aqui, infelizmente. Para quem interessar em conhecer mais os derivados de leite e ver receitas, visite www.boanata.com.br .

À propósito, aqui vai uma dica gostosa para fazer esse queijo de uma maneira menos traumática para aqueles que ainda não se acostumaram com o sabor: compre um pacote de massa para lasanha fresca de 400g (formato retangular, não aquela que o retângulo é cortado em duas tiras). Compre um pedaço de gorgonzola (200g), coloque num prato e amasse com um garfo até obter uma massinha farofenta. Abra as folhas da lasanha, coloque duas colheres médias com o quejo e faça rolinhos. Espalhe os rolinhos sobre uma assadeira e cubra com molho de tomate refogado (tipo Pomarola). Se gostar de bem molhado use 1,5 latinha de molho.

Leve ao forno uma média de 15 minutos em forno convencional/elétrico. Tire a forma do forno e acrescente um pouco de parmesão ralado sobre o parto. Leve mais 10 minutos ao forno ou até que o queijo doure. Sirva com uma salada de folhas verdes de entrada e com um medalhão filet mignon temperado leve grelhado para acompanhar.

domingo, 22 de julho de 2007

Encha os olhos, o estomâgo e deixe o paladar decidir...

Existem lugares onde se come pouco mas o sabor é primordial, outros onde a quantidade impera mas o sabor cede lugar à sensação de saciedade... muito já falei da primeira categoria de lugares, então hoje dedico esse post heroicamente aos lugares de "encher a barriga", isto é, te alimentar e fazer sair com a sensação de que há comida ocupando todas as partes de seu corpo, além do estômago... claro !


Sim, porque eles tem lá sua importância... Mesmo que o visual do lugar não seja o melhor, que a apresentação do prato pudesse ser melhor, que o sabor pudesse ter seu "je ne se quois" isso não importa... Esses locais têm lá seu lugar guardado nos corações de todos nós.

Desafio aqui os leitores a compartilhar "conosco" qual é o seu lugar preferido para cometer esses "delitos" alimentares !!!

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Toninho & Freitas

Situado exatamente parede-parede com o famoso "Burdog" (que ainda não conheço), sempre encantou meu marido com seu logotipo de gosto duvidoso, praticamente um desenho infantil, uma garatuja melhorada de um menininho comendo um sanduíche...

Eis que o Olavo me desafiou a colocar a frescura de lado e tentar a sorte no lugar. E - apesar de todo o medo de ter um destempero posterior - aceitei o desafio e relato nas próximas linhas...
Quesito local: aparência de botecão simples com uma "vontade de ser mais arrumadinho". Cartão vermelho para a aparência de gordura eterna no chão da cozinha frente à chapa e para o vidro de álcool Zulu ao lado da máquina registradora "vintage" do balcão.

Quesito cardápio: uma variedade infindável de lanches... Difícil de escolher. Lembro aqui que o local se intitula "Rei do Beirute" e que quando você pede o lanche a sugestão mais óbvia é que o mesmo seja servido no pão sírio.

Quesito serviço: garçons sêniores, tiozinhos style e simpáticos. Ajudam a dar uma interpretada no cardápio e chegar num lanche próximo ao que você quer !


Quesito preço: bom e barato. Depois, pelas fotos dá pra sacar que 1 lanche daquele alimenta 2 pessoas. Pena que descobrimos meio tarde isso !

Quesito sabor: gostoso, mas não inesquecível. Como diria o Olavo "fez o que se propôs fazer". Quer matar a fome e não gastar muito. Não espera nada fora do tradicional, então essa é a opção.

DICA: Não peça nada com "salada" porque eles colocam literalmente um alface inteiro no prato. Você corre o risco de ouvir a pérola que ouvi do garçon "brasileiro, não adianta mesmo... pede salada mas só quer saber da carne!".

Resultado pós experiência: as fotos ao lado não mentem - desolação e preguiça infindáveis perante tanta comida. E claro, peso na consciência com as calorias e no estômago com as quantidades cavalares...
Lembrando que o referido local fica na Rua Doutor Arnaldo logo no comecinho. Para quem é do ABC, pode encontrar um "estabelecimento irmão" com a mesma proposta em Santo André, o Paulo Lanches (não me lembro se é na Catequese ou na Monções, preciso confirmar!), com seu hambúrgueres gigantes mas com sabor deixando a dever um pouco...
Shame on us, glutões

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Receita coringa para impressionar...

Ok, todo mundo gosta de uma massinha com molho. Mas que tal sair da comodidade de abrir uma latinha de Pomarola e fazer uma coisa mais elaborada (e sem muito trabalho).
Essa receita é deliciosamente simples, com apresentação bonita e um sabor com um pé no Mediterrâneo. Cai totalmente bem pra acompanhar um miolo de filet mignon grelhado (usuários de George Foreman Grill, uni-vos) e pra beber um lambrusco tinto ou rosé.

Supondo que você saiba fazer macarrão e que a massa não seja problema, vamos à receita:
Compre um potinho de alho picado (dura uma eternidade e quebra um galhão sempre), azeite, uma latinha de tomates pelados, uma pitadinha de sal e uma de açúcar e um macinho de majericão.
Coloque o azeite pra esquentar com o alho e doure os pedacinhos. Depois coloque os tomates pelados e vá desmanchando eles sobre o alho. Quando começar a ficar com uma cara de molho mais clarinho e com pedacinhos, coloque o sal e a pitada de açúcar (que vai tirar a acidez do tomate).

Deixe mais uns 5 minutinhos e acrescente as folhinhas de manjericão. Mexa, mais 5 minutos e desligue o fogo (para as folhas não murcharem).

Misture a massa e o molho e sirva com queijo ralado para acompanhar. Dê preferência ao ralado grosso, preferencialmente pecorino (que tem gosto mais curado e forte que o parmesão). Para essa receita a massa recomendada é do tipo espaguete. Se puder, escolha o tipo mais fininho que fica mais harmônico no prato.
Não sabe fazer macarrão? Para duas pessoas, ferva meia panela média de água com uma colher de sopa de sal. Quando levantar fervura coloque a massa e mexa aos poucos. Em média leva uns 10, 15 minutos para começar a ficar bom (depende do tipo da massa). Medo de errar ? Compre massa fresca, tipo Frescarini e repita o procedimento da água. Quando ferver despeje a massa e deixe de acordo com as instruções de tempo do pacotinho !
Agora arrume a mesa, coloque uma boa música e convide alguém pra mostrar seus dotes culinários...